ME CURAR DE MIM com Flaira Ferro

A convidada deste episódio da série TEMPOS DE TRANSIÇÃO é Flaira Ferro, nascida em Recife, ingressou na vida artística aos seis anos de idade através da dança. Filha de pais foliões, viveu a infância rodeada de estímulos artísticos ligados às manifestações do carnaval de Pernambuco. Formada em Comunicação Social, Flaira é cantora, compositora e dançarina.

“Virada na Jiraya” é o segundo disco da cantora e compositora recifense Flaira Ferro, que vem se destacando no cenário da música independente e autoral nordestina. O álbum de 12 faixas, 11 assinadas pela artista, é uma produção independente e conta com as participações de Chico César na música “Suporto perder”, do pianista Amaro Freitas em “Maldita” e das compositoras Isaar, Ylana, Sofia Freire, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá Lourenço na música “Germinar”.

Quem assina a produção musical e os arranjos é o músico Yuri Queiroga (Elba Ramalho, Pedro Luís, Lula Queiroga), exceto na faixa “Coisa mais bonita”, produzida por Pupillo.

“Coisa mais bonita” foi a primeira música a ser lançada em março de 2018 e teve repercussão viral na internet abordando a temática da liberdade sexual da mulher. Depois foi a vez de “Revólver”, lançada em fevereiro deste ano unindo o frevo à sonoridade do rock eletrônico. A mais recente foi “Suporto Perder”, divulgada em agosto e com a participação de Chico César, que também convidou Flaira para participar do seu recém-lançado disco O amor é um ato revolucionário cantando na faixa “Cruviana”.

Com letras aguerridas, reflexivas e afiadas, o disco une rock, frevo, samples e beats eletrônicos em atmosfera dançante e combativa. Influenciada por artistas como Tom Zé, Rita Lee, Ave Sangria, Bjork, Chico César e Gilberto Gil, Flaira traz canções que representam diferentes estados de humor atravessando ironia, raiva, otimismo, discursos políticos e existenciais.

O nome do álbum traduz a força desse anseio. “Virada na Jiraya” faz alusão ao jargão popular e humorado de estar em fúria. Para Flaira, o título sintetiza o movimento interno do extravasamento. “Esse termo ‘Virada na Jiraya’ me remeta à medicina da lucidez, ao anti-enlouquecimento. É um jeito bem humorado de transformar a raiva e os sentimentos de baixa frequência em combustíveis de transição para a conexão com nossa verdade”, afirma. “O jiraya simboliza a precisão. É o arquétipo do ninja, da agilidade dotada de grande inteligência física e emocional. Estar ‘virada na jiraya’, é trazer essas ações de poder para o corpo feminino”, complementa.

PRODUÇÃO & LICENÇA Produzido sob Licença Creative Commons (⁠http://creativecommons.org/licenses/b⁠...) por Maurício Curi, o MAU (@mau.curi), inovador social e anfitrião de conversas. 

@mau.curi

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